segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pseudo-amizades II

Escrevendo sobre amizade de novo? Pois é. Tá difícil. Tô achando que meu problema é que algumas concepções de amizade não se dão muito bem comigo.
Tipo, pra mim, amizade não é ligar 3 vezes por dia e ficar 2 horas falando pra saber da vida do amigo, ou desistir de todos os seus planos pro fim de semana porque ele te convidou pra fazer alguma coisa, ou ter a obrigação de estar com ele em qualquer tempo livre que tiver.
Pra mim, amizade é apenas se preocupar com o outro, desejar estar com ele ou lembrar de bons momentos que passaram e querer revivê-los. Rir junto. E acima de tudo respeitá-lo. Com isso, quero dizer respeitar o seu jeito, o seu tempo, seus pensamentos e seus desejos. Mas não estou dizendo fazer suas vontades, viver em função dele. Isso é totalmente diferente. Temos só que lembrar que o amigo não é exclusivamente nosso, que ele também tem uma vida longe da gente, seja outros amigos, família, trabalho, escola...
Amizade não é feito de obrigações, de um único querer. Amizade tem liberdade, tem BEM-querer.

terça-feira, 17 de maio de 2011

busca? caminho? vida.

Li esses dias, em uma revista antiga, uma matéria sobre o tão sonhado "caminho da felicidade". Em um quadro com os principais tópicos para ser feliz, havia a frase "não pense que a sua felicidade está apenas no futuro". Tudo bem. Eu concordo que se preocupando com o amanhã e esquecer de viver o hoje está bem longe desse caminho. Mas eu penso também que viver é esse caminho. Se você achar que já está feliz o suficiente hoje, não irá desejar nada para o seu amanhã, irá estagnar sua vida. O que nos move é a busca pela felicidade, a necessidade de mudar para se sentir melhor. 

A felicidade não tem nenhuma fórmula. E a felicidade não tem nenhum segredo. Acho que a minha receita básica é sorrir quando quero, chorar quando quero, ter companhia quando quero, ficar sozinha quando quero... Essas coisas. Mas me preocupo com meu futuro sim - e até demais. Afinal de contas, o mundo não vai me deixar fazer o que eu quero sempre. O ponto crucial dessa tal busca é saber como lidar com isso.



quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pseudo-amizades

   Independente do que se considera como amizade, essa é uma coisa que nos afeta integralmente. Pode-se dizer que em todos os momentos da vida, mas é na adolescência que isso se destaca. Digo isso por experiência própria.
   Particularmente, eu pensava que tinha vários amigos, com quem podia contar sempre, que se sacrificariam por mim e tals, e me valorizariam, da mesma forma que eu faria por eles. Mas há algum tempo, descobri quem nem todos são assim. É raro encontrar um amigo verdadeiro, que aja de forma recíproca com você, e sem esperar nada em troca.
   Hoje em dia, nesse mundo tão competitivo e ao mesmo tempo tão livre de reais obrigações - e valores -, os seus colegas, vizinhos, conhecidos, whatever, geralmente se aproximam de você por interesses pessoais, na maioria das vezes momentâneos e insignificantes. Mesmo que sejam significativos, quase nunca são naturalmente mútuos.
   Percebendo isso, minha visão de mundo mudou. E não digo escrevo isso apenas de forma dramática ou exagerada, é a pura verdade. Não consigo mais conviver com as pessoas da mesma maneira, talvez com medo de me decepcionar ainda mais com aquelas que eu mais considero. Eu sei que não é uma boa maneira de agir (principalmente pra mim, porque vou me afastando dos outros), mas é praticamente inevitável. 


   Sinceramente, o que eu acho que se precisa hoje é valorizar o ser humano pelo seu íntimo, seu interior, pelas sensações e atitudes recíprocas que que ocorrem numa relação de amizade verdadeira.
   Só mais uma coisa. Note que utilizo várias vezes, em suas flexões e sinônimos, a palavra "recíproco", e peço desculpas pela redundância, mas é exatamente o que falta nessas atuais pseudo-amizades.

PS: tá grande assim porque esse foi o texto que eu escrevi pra avaliação da DEPA. mas tá modificado, lógico.